sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ilustração Ronaldinho Gaúcho:Craques DE Copa

Brasil eliminado...

triste...fulo...de saco cheio...pensando como o futebol é um grande pregador de peças...como é um esporte que, como poucos, dá uns tapas na nossa cara com tanta frequência...

Como um protesto silencioso deste anônimo e humilde autor, fica essa ilustração que reflete sutilmente um pouco do que faltou na hora "H" pra essa seleção montada pelo nosso técnico, baseada em (ótimos) resultados sim, mas talvez com excesso de pragmatismo.

Enfim, sem mais.

Agora é torcer pra Alemanha como se fora fã de chucrute, caput, afterstrudel e blitzkrieg.

Nota: pra quem não acompanha futebol como esse fã por este esporte aqui, a seleção brasileira foi eliminada há pouco da competição mais importante do futebol mundial pela Holanda.
Sobre a Alemanha, bom, ela vai pegar a Argentina amanhã, adversária mortal do Brasil...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Charge : Deixa que eu empurro!

Essa já está meio fora de contexto, mas lembrei dela por ocasião da Copa do Mundo 2010.

Fiz essa charge usando como inspiração o pré-confronto entre Flamengo e Corinthians pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América desse ano.

Na ocasião, as duas maiores estrelas de ambas as equipes, Ronaldo Fenômeno e Adriano Imperador, não estavam no melhor de suas formas física e técnica o que, evidentemente, causou muitas críticas e muita desconfiança das duas maiores torcidas de clubes brasileiros.

A brincadeira da charge surgiu meio do nada (nada é do nada em criação, eu sei, mas eu queria usar a força da expressão). Lembrei do apelido de um monumento famoso daqui de São Paulo, o Monumento às Bandeiras (que, por acaso, também trás um trocadilho no nome nessa charge, devido à palavra "bandeiras), que fica em frente ao Parque do Ibirapuera e que é carinhosamente chamado pelos paulistanos de "Deixa que eu empurro" e apliquei aos dois craques (pra quem não conhece o monumento, vale a pena dar uma lidinha a respeito, pois trata-se de uma das maiores obras de um dos maiores artistas brasileiros, Victor Brecheret, nem que seja nessa artigo da Wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_%C3%A0s_Bandeiras).

Como se fossem dois "monumentos" pesos pesados, Ronaldo e Adriano estavam sendo carregados e bancados em campo pelos seus companheiros e comandantes. Comandantes representados pela presidente do Flamengo Patrícia Amorim e pelo técnico Mano Menezes do Corinthians e companheiros de jogo que vinham decidindo no lugar deles como o Leo Moura, o Bruno e o Vagner Love pelo Fla e o Dentinho, o Roberto Carlos e o Danilo pelo Timão.

Charge divertida de se fazer.

Linha no Adobe Photoshop CS4 e cor no Artweaver 1.0.

Para os curiosos, abaixo uma foto do monumento.

Ilustração Kaká : Craques da Copa 2010

Pra quem gosta de história em quadrinhos de super-heróis, uma discussão costumeiramente é levantada:

Batman ou Superman? Quem é o mais mais?

O script dessas discussões é que normalmente quem gosta do Batman não gosta tanto do Superman, e vice-versa.

O Batman é um personagem taciturno, eternamente em conflito com ele mesmo, atormentado pelo seu passado traumático (ficou órfão cedo, quando seus pais foram mortos a tiros por um bandidinho mequetrefe de rua). A obstinação dele ultrapassa qualquer limite de racionalidade. Apesar de não matar, costuma burlar a lei para conseguir informações, inclusive usando torturas com os bandidos. Não tem supera-poderes, o que quer dizer que vive arrebentado e ensanguentado. Depende do seu intelecto, de estratégia e dos seus equipamentos para sobreviver nas violentas ruas de Gotham City.

O Superman por outro lado é o estereótipo do herói "perfeito". Tem uns 473 super-poderes diferentes, todos os seus métodos têm a lei vigente como princípio. Força física praticamente ilimitada, é invulnerável à radiação, doenças, altas e baixas temperaturas, fica sussegado se precisar passear na Lua, lança raios incandescentes pelos olhos, olhos estes que também têm visão de raio X, enfim, é desses indivíduos que no quesito "poder" não sabem brincar. Como se não bastasse, a vida dele é bastante inspirada em um ícone de referência de salvação pra vida de muitas pessoas no Ocidente: Jesus Cristo.

Os críticos do Batman acham que ele devia ser talvez menos ranzinza ou outros dizem que ele só é herói porque ele não enfrenta monstros semideuses cheios de poderes absurdos, mas só bandidos humanos em Gotham. Os fãs dele o acham um herói bem humano, cheio de defeitos, qualidades e vulnerabilidades e dizem que esse é que é o grande barato dele. Já os críticos do Superman o acham irritantemente certinho. Que ele só é o que é porque seus poderes são dados gratuitamente devido à influência do Sol amarelo do sistema solar (e isso é verdade, é contado nos quadrinhos) e que, não fosse o Sol amarelo, o Clark Kent seria só mais um na multidão. Os defensores do Super dizem que já que ele recebeu esses dons, ele faz bem em usá-los em prol da humanidade (mesmo ele não sendo humano) da forma mais correta possível.

E por que essa parábola toda sobre os dois heróis?

Porque o Kaká no mundo da bola é uma espécie de Superman.

Ao contrário do caminho que a maioria dos jogadores que atingem o status de ídolo mundial que ele atingiu segue, Kaká sempre se mostrou um cidadão extremamente correto, averso ao sem número de "tentações" que a fama e a fortuna oferecem. E é correto inclusive com os clubes pelos quais passou, tendo saído do São Paulo como forma de ajudar o clube pois a torcida estava de marcação cerrada nele e o contrato estava prestes a chegar num período no qual ou ele era vendido ou o São Paulo não ganhava nem um centavo poucos dias depois. No Milan, virou ídolo rápido e se recusou a deixar o clube, mesmo este tendo recebido a até então maior proposta da história futebolística. Ele queria continuar no clube pelo qual nutriu enorme carinho e identificação independentemente do dinheiro... só foi vendido porque o clube precisava do dinheiro.

Casado, pai, religioso convicto, jogador que veio de origem de classe média, ao contrário da maioria dos jogadores brasileiros (e ainda parece pra cac**** com o Superman).

Apesar d'eu ser fã do Batman (o que me torna um crítico fervoroso do Superman), sempre me rendi à conduta do camisa 10 da seleção brasileira...afinal uma coisa é ser um personagem que é uma metáfora à vida como o Batman, outra coisa é ser um personagem real que é um bom exemplo pra todos...fato cada vez mais raro entre os ídolos do esporte mundo afora (vide Tiger Woods, Maradona, Ronaldo Fenômeno, Michael Schumacher, entre tantos outros que vivem dando suas tropeçadas na vida).

Kaká é O cara da seleção em sua terceira Copa do Mundo.

Ps.: Mais uma vez Adobe Flash CS4.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ilustração Samuel Eto'o : Craques da Copa 2010

Esta ilustração da série Craques da Copa 2010 do blog do nEURaLL vai em homenagem ao, possivelmente, primeiro grande craque da Copa a ser eliminado.

Frustrantemente, mais uma vez, a seleção de Camarões ficou só na promessa e já foi "despachada" pelos adversários...deixando assim a Copa órfã do jogador que ficou estandartizado nos cartazes criados pelo comitê organizador, Fifa e toda sorte de marqueteiros, como forma de divulgar a primeira Copa da Mundo em continente africano.

Eto'o ao lado de Didier Drogba (farei uma ilustração dele em breve) são certamente dois dos maiores símbolos da capacidade técnica que o futebol africano é capaz de produzir nos últimos vinte anos. Nas décadas passadas, o liberiano George Weah, o também camaronês Roger Milla, o ganês Adedi Pelé e o nigeriano Kanu foram alguns dos seus precursores dessa capacidade.

Mas o que eu acho curioso é como, em época de Copa, o mundo parece transformar a África numa espécia de Portuguesa de Desportos, ou seja, a torna seu segundo time, torcendo para, caso sua própria seleção não vá bem na competição, que uma seleção africana vá.

Reflexo da velha história de torcer "pelo mais fraco"...por toda a imagem sofrida que a África, como um todo, infelizmente tem e com a qual compactua com sua própria realidade.

Sentimentozinho (bem) hipócrita pois, nos discursos as "autoridades" costumam bradar entusiasticamente que todos no mundo somos uma só nação, mas na prática, a África está lá...bom, deixa pra lá.

Valeu Eto'o!!

Te vejo no (multimilionário) Barcelona, na (riquíssima) Inter de Milão ou em algum outro clube de país que, nessas horas, sabe valorizar o talento africano...

Ps.: Adobe Flash CS4 foi o software usada pra se fazer a ilustração.

domingo, 20 de junho de 2010

Ilustração Luis Fabiano : Craques da Copa 2010

Mais um pra sessão Craques da Copa 2010.

Acabou o jogo do Brasil contra os Elefantes, como são chamados os jogadores da Costa do Marfim , válido pela segunda rodada da Copa, e já bateu a inspiração, não teve jeito...ainda mais sendo este blogueiro aqui torcedor do mesmo time do coração do Luis Fabiano, ou melhor, do FABULOSO! (foi 3X1 pro Brasil, só pra se fazer o registro).

Jogador de começo de carreira bem turbulento devido ao seu gênio indomável, o Fabuloso domou a própria cabeça depois do nascimento da filha 6 anos atrás (que ele homenageou no primeiro dos seus dois golaços de hoje).

É um dos caras que têm a melhor média de gols da história do São Paulo, da Ponte Preta também...na seleção não faz feio e tampouco no Sevilla, clube médio espanhol que só veio ganhar títulos expressivos nos últimos anos, muito graças aos gols do Luis Fabiano.

Fera com a gigantesca responsabilidade de vestir a pesadíssima camisa 9 da amarelinha justo depois de quem, ou melhor, de "QUENS" : Ronaldo, Romário e Careca. Só.

Mas desde aquele antológico jogo contra o Uruguai no Morumbi, no qual ele salvou o Brasil fazendo os gols do jogo (e comemorou em cima do escudo do Tricolor), até o antológico gol no melhor estilo polvo (cheio de braços na bola e com direito a dois chapéus nos adversários), o Fabuloso nunca pareceu sentir a responsabilidade, pelo contrário, depois que ele segurou com os dentes a posição de titular da seleção, parece fazer halteres com o mindinho com esse peso todo da 9 brasileira.

FABULOSO NELES (como diria um certo locutor um tanto quanto nonsense)!

Ps.: a ilustração foi feita no Adobe Flash CS4, assim como a ilustração do Frank Ribery que você pode conferir aqui.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

nEURaLL : agora também na versão Twitter

Como já diz o título, o nEURaLL também aderiu ao Twitter.

Sigam-me os bons (no ainda recém-nascido Twitter do nEURaLL)!

http://twitter.com/_neurall

;)

Ilustraçao Bettie Page :Pixel Art + Pin-up

Ilustração feita há mais de ano inspirada em um desenho meu mesmo da mesma época e na pin-up clássica Bettie Page.

O desenho meu referido é este abaixo:

Esse foi um estudo de grafite mesmo - na época o vício pelo computador já assolava meu dia-a-dia - enquanto que esse desenho da Bettie Page foi um estudo de um estilo bem digital, a Pixel Art (vide a palavra no glossário aqui), já presente há tempos nas mídias digitais desde os primeiros videogames, ou por que não, bem antes com o ponto e cruz, mosaicos, vitrais e azulejos, mas que virou uma certa febre de uns anos pra cá numa dessas ondas de linguagem que parecem novidade (e não o são como nesses exemplos listados), aparecem em videoclips, propagandas, sites, curta-metragens aos borbotões e... somem de novo, voltando às suas origens sendo bebidos com moderação - deixando assim de ter o status de "cool" (???) ou seja lá qual for a terminologia do momento.

Quanto à segunda inspiração, Bettie Page, para os leigos, foi uma Pin-up da década de 50 contemporânea à Marilyn Monroe (que já serviu de inspiração para esse outro post da She-ra aqui), porém ela foi uma das precursoras da Pin-up subversiva.

As pin-ups até então eram poderosas devido à beleza e aos trejeitos que queriam dizer "cuide de mim, gentleman". Normalmente passavam um ar preocupado com superficialidades e materialismo do homem que devia conquistá-la e cuidar delas. "Dondocas" meio interesseiras é verdade, mas lindas. Lindas, vestidas com vestidos de gala ou com uniformes de marinheira ou dona de casa, não importava, o conceito girava em torno disso...repito, até então.

A pin-up apresentada pela Bettie Page (e seus fotógrafos que têm boa parcela de "culpa" na criação da personagem) era poderosa não só pela beleza, mas por estar no comando. Era independente, corajosa e ousada. Além disso, as vestes não eram usuais, eram roupas de couro, chicotinhos, botas, espartilhos e afins. A auto-sátira ao exagero da supervalorização da beleza também apareceu, criando um estilão burlesco e cômico nos trejeitos. Sarro puro. Exagero proposital.

A franja convexa e cheia muito usada até hoje por garotas "estilosas" (usada pela personagem Rachael em Blade Runner por exemplo), o bikini de oncinha, o naturalismo ao se bronzear (leia-se bronzear-se completamente nua pra ficar sem marquinhas de bikini ou maiô), garotas de coturno, e outros tantos hábitos hoje mais comuns passaram e foram impulsionados pela imagem da Bettie Page.

Se ela foi a criadora disso tudo é difícil dizer (até porque é difícil atribuir à criação de algo a alguém com certeza), mas que um site como o SuicideGirls (dê uma googada), ou modelos burlescas como a ex-mulher do Marilyn Manson, Dita Van tease, ou a Masuimi Max e a Ancilla Tillia sofreram influência direta dela isso sofreram...

AH! Sabe aquela garota do seu trabalho tatuada, com piercing, botona de cadarço roxa, que gosta tanto um metal pesado quanto da Pucca e/ou do Snoopy e/ou do Calvin e/ou da Hello Kitty ?

Pois é, também sofreu influência do legado da Page (não que isso seja ruim, pelo contrário)...

;)



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ilustração Frank Ribéry : Craques da Copa 2010

Já que estamos em clima de Copa do Mundo e a poucas horas de mais um jogo dos Azuis (como os franceses chamam a sua seleção), decidi fazer uma ilustração de um craque dessa Copa: Frank Ribéry.

A ilustração foi feita em cerca de uma hora e meia no Flash CS4.

Sobre o jogador retratado nela e o que o blogueiro aqui pensa dele, aí vai um adendo no post:

Lembro a primeira vez que o vi jogando. Foi na Copa da Alemanha, ou seja, a última, de 2006.

Na época ele ainda era um ilustre desconhecido para o mundo da bola. Era, como diz a gíria de quem acompanha futebol, uma "aposta"... aposta que deu certo, pois ele, ao lado do Zinedine Zidane e do Thierry Henry, foram talvez os 3 pilares da França que conseguiu chegar à final.

Hoje ele é mais que "realidade" e o principal jogador da França, na ausência do Zidane, aposentado.

A questão, no entanto, é que ele é uma dessas pessoas que chamam a atenção logo de cara, literalmente. Sua aparência é realmente estranha. Meio aflitiva até. Quase impossível não associar o nome Frank dele com Frankenstein...

Ele sofreu um acidente de carro quando ainda era muito criança que o deixou todo "torto"(os dentes dele são assim, tortos mesmo) e cheio de cicatrizes.

Recentemente soube de uma entrevista na qual ele respondeu a um jornalista que entrou furtivamente no assunto aparência, o porquê dele não ter feito nenhuma cirurgia plástica corretiva, já que trata-se de um cara bem sucedido na carreira e rico.

A resposta dele demonstrou tanta personalidade quanto as jogadas dele na copa de 2006 quando ele ainda era um quase anônimo.

Disse que o acidente foi parte importante da vida dele. Que o ajudou a moldá-lo como ele é hoje. Ele disse que se Deus quis que ele ficasse com essa aparência, ok, ele aceita e não mudará nada...quem quiser gostar dele, que goste dele como ele é (frase clichê, mas que no caso de alguém como ele, acaba tendo um significado interessante).

Hoje ele já é casado há anos, não é muito ligado à boemia, e tem duas filhas. Ídolo na França, na Alemanha e, por que não, no mundo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SketchBook : Jason, J J Jameson, Coringa...


Como comentado no último post (veja aqui), o blogueiro aqui está fazendo um curso de quadrinhos voltado para o mercado estadounidense de super-heróis (só tem "gente grande" por lá). Aproveitando o embalo dos 2 posts seguidos, aí vai mais um.

Em uma aula teórica, nada melhor do que recorrer às folhas em branco que clamam para serem preenchidas, não?

Aí está o resultado de umas brincadeirinhas feitas durante a aula enquanto prestava atenção na fala do (ótimo) professor de narrativa.

J. J. Jameson, pra mim, talvez o maior vilão do Homem-Aranha; o Coringa, certamente o maior vilão do Batman; e o Mr. Jason Voorhees, abaixo, um dos vilões mais icônicos do cinema, além de duas anotações sobre um material novo que desconhecia (lápis Col-erase) e de um quadrinista pra dar uma estudada (Lenil Francis Yu).

Nota: pintei o Jason em cerca de 50 minutos com lápis pastel seco entre uma levantada de cabeça e outra... ;) Matei saudade de pintar algo a mão finalmente! Já fazia um tempinho que só pintava virtualmente...

Ilustração Hulk X Homem-aranha : Tutorial

Um lema a que me apeguei nos últimos tempos e que procuro seguir a risca é que se estamos com algum tempo sobrando, o melhor a fazer é preenchê-lo com conteúdo, ou melhor, A CABEÇA com conteúdo. Ler, estudar algo, pesquisar, conversar com amigos ou colegas de áreas correlatas (ou não) a sua, criar com liberdade, ou...fazer um curso. Mesmo que o curso não seja lá grandes coisas ou não apresente grandes novidades para você (o que é raro, por mais expert que você seja em algum assunto), no mínimo, você vai conhecer um ponto de vista diferente OU vai conhecer alguém diferente.

Por que estou comentando isso?

Por causa dessa ilustração do (infeliz do) Homem-aranha lutando (sendo humilhado) pelo (gigante esmeralda) Hulk. A fiz para colocar no meu portifólio como parte do processo seletivo para entrar em um curso de quadrinhos voltado para o mercado estadounidense de super-heróis. (Por estar na dúvida se faço ou não o "merchandising" da escola em questão, não a citarei por enquanto, mas posso dizer que) O curso é recheado de professores atuantes nesse mercado, tendo inclusive caras que fizeram e fazem publicações do primeiro escalão como Superman e X-men, entre várias outras.

Só a convivência com sujeitos desse gabarito já vale cada centavo, e por que não, pela inspiração, como foi o caso da criação dessa ilustração que eu batizei de "Easy Boy, Easy" (algo com "calma, garoto, calma").

Ainda estou no comecinho do curso, mas as aulas de narrativa e composição já foram uma bela amostra de como certas linguagens, por mais diferentes que sejam, têm muito em comum, como cinema, quadrinhos e games. Narrativa, composição, enquadramento...conceitos que se aplicam em qualquer uma dessas áreas de formas diferentes sim, porém, incrivelmente lincadas.

Enfim, isso é papo pra um belo post exclusivo...

Abaixo, mais um passo-a-passo nos moldes daquele anterior da She-ra, porém menos minucioso.


Rough em vermelho para não confundir depois com a linha escura da arte-final.


Linhas arte-finalizadas em layers (camadas) diferentes no Adobe Photoshop CS3.
A camada em vermelho com transparência.


Edifícios ao fundo numa camada levemente transparente.


Seleções em cada uma das figuras que transformo em Paths salvos, depois os preencho em camadas separadas com uma cor base.


Todas as camadas preenchidas com suas cores bases e devidamente bloqueadas em seus pixels transparentes (dê uma procurada nos ícones do topo da caixa de diálogo de camadas do Photoshop. Há uma linha com bloqueios de diversos tipos. Um deles é um xadrezinho. Esse é o Bloqueio de pixels transparentes. E pra que serve? Simples: nenhum pixel que não esteja preenchido com alguma cor estará acessível. Exemplo: imagine eu pintando a sombra da cabeça do Homem-aranha desse desenho mas, para isso, eu precise de um pincel disperso e com diâmetro em pixels bem maior que a cabeça do Aranha. Se eu não bloqueio os pixels transparentes, ao dar uma pincelada sobre a cabeça, o pincél vazaria a área da pintura - os contornos do desenho do Aranha - "borrando", pintando áreas que não deveriam ser pintadas. No entanto, com os pixels transparentes bloqueados, posso pincelar à vontade sobre o Aranha com pincéis bem maiores do que ele, que não terei esse problema).


Mais camadas separando as cores bases de cada área do desenho e uma outra camada sobre a da linha arte-finalizada que me servirá de guia de sombras.


Em seguida criei camadas extras para a pintura sobre cada área preenchida com uma cor base. Exemplo: Sobre a camada do amarelo base do táxi, criei uma nova camada para a pintura das sombras, brilhos e efeitos do mesmo, e sobre essa camada, crei outra camada só pro motorista. Essas duas camadas extras eu deixei lincadas à camada do amarelo base que passou a funcionar como máscara.


Pintura e mais pintura - que é a parte mais difícil e que exige mais conhecimento e anos de estudo, prática e, claro, talento (que varia de pessoa pra pessoa).


Atenção ao cenário.


Mais cenário.


Mais uma camada na área do Táxi pra criar o parabrisa trincado.


Criei também uma camada para "saltar" a mão do Hulk do primeiro plano com uma espécie de aura verde de poder pronta pra esmagar o pobre Aranha.


Mudei a boca do Hulk e dei mais atenção a alguns contornos como a relação da cabeça do Aranha com o fundo.


A camada guia de sombras ficou bem mais transparente, pois queria reforçar a idéia da cena estar acontecendo durante o dia (basta ver o céu). O céu está claro, porém com nuvens, logo a sombra não poderia ficar tão dura quanto estava antes - nesse caso, foi mera opção típica de "licença poética". Poderia ter deixado a camada guia de sombras 100% opaca como antes também, mas foi opção deliberada deixar o desenho como um todo mais claro devido ao aspecto até cômico da cena.


Reforço de claridade nas partes superiores do desenho, como o trapézio (me refiro ao músculo que encaixa o pescoço às costas, não a uma forma geométrica...) do Hulk e os nós dos dedos da mão em primeiro plano.

Caput!

É isso aí!
Espero que alguma informação tenha sido útil...
Em um próximo passo-a-passo, quem sabe, posso colocar em imagens bem grandes aonde ficam os tais ícones de bloquear pixels transparentes e outras ferramentas. Por hora, fucem! :P

Memos : Trailer de Metamorfose de Kafka

(enquanto o site não sai do forno...)

Olá, Neuronavegantes!!

Depois de um bom tempo, cá estamos com mais um post...esse com uma obra "das antigas", do tipo que temos que recorrer aos neurônios da memória. Nesse post fugirei ao convencional e colocarei a obra mais no meio do post, ok? A idéia é entender o conceito e a época na qual o video foi criado antes de assisti-lo (o que não vai impedir de muitos de vocês o verem antes, claro).

O trabalho em questão é da época da faculdade, foi feito em 2003, mas, apesar de antigo, gosto do resultado dele até hoje (como aliás, comento no finzinho do vídeo, portanto, perdão pela redundância).

Por estar muito envolvido com áreas audio-visuais nos últimos tempos (curso de estética cinematográfica, roteiro, participação em editais de animação...), acabei lembrando desse trabalho e decidi publicá-lo - jogando-o aos leões, apesar de saber que há detalhes que eu faria com muito mais propriedade e qualidade hoje.

Foi feito em grupo para a matéria Cine/TV do curso de design do Mackenzie.

Depois de pouco tempo hábil correndo feito loucos, lutando bravamente contra a inexperiência, contra uma professora que demorou um século pra aceitar que fizéssemos em animação (ela queria que todos os grupos fizessem em Live Action, ou seja, filmagem ao vivo com atores), e até as clássicas discussões internas dentro do grupo com suas "diferenças artísticas e/ou conceituais", chegamos a um resultado que, na época agradou a todos.

A proposta era fazer um trailer de filme de suspense e acabamos elegendo o livro A METAMORFOSE de Franz Kafka para servir de inspiração para o trabalho, graças às possibilidades surreais de narrativa.

Um adendo (que vai alongar um pouco meu texto, eu sei) : pra quem não conhece, Kafka foi um dos grandes escritores da história. Era tcheco (na época que nasceu a região ainda fazia parte do Império Austro-Húngaro) e sua escrita tinha forte paladar surreal. Os personagens centrais costumeiramente são sujeitos deslocados do mundo corriqueiro, perdidões mesmo, tanto social quanto psicologicamente...e isso também inclui essa obra, A Metamorfose. Nela, um pobre diabo (Gregory, mas que decidimos mudar para GREGOR por sugestão da dubladora), acorda em uma manhã qualquer na forma de um imenso inseto, como uma barata. Toda a narrativa do livro se apega a essa situação claustrofóbica (no sentido de estar preso ao próprio corpo) e bizarra da relação dele com a família.

Voltando ao trabalho, a idéia era criar uma atmosfera de sonho - com trilha sonora original nossa. Imaginamos a situação da irmã de Gregor, Greta, pressentindo que algo estava errado com seu irmão durante uma noite tentasse desesperadamente, invadir o quarto dele para ajuda-lo...claramente, em vão. Não era pra ficar claro se o que se passa no trailer é fato real ou algum tipo de estado à parte da mente do Gregor se transformando durante a noite, como naquelas situação em alpha que passamos eventualmente, entre o estado do sonho e do acordado, quando estamos dopados pelo sono, mas ouvimos o mundo real a nossa volta.

Bom, agora à obra, depois, aos créditos:

Metamorfose de Franz Kafka - trailer experimental from aLDO mARQUES on Vimeo.



Me pergunto o que as pessoas acham do resultado desse trabalho hoje em dia?
Tanto a estética quanto o temática abordadas são pouco convencionais, e essa indagação permanece intacta na minha "cachola".

abaixo os então alunos responsáveis pelo resultado - ressaltando que TUDO o que se vê nas imagens do trailer fora criado por nós:
aLDO mARQUES (na época com frescura e assinando "Marx")
- Direção geral, Direção de arte, Edição, Maquetes e bonecos e Pós-produção.

Eduardo Mojzka (hoje em www.zuz.com.br, baita designer!)
- Direção de Fotografia e Designer da marca do filme e do papel de parede da maquete.
(reparem nas baratinhas nele!!)

Samuel (hoje em http://www.megalodesign.com.br/, outro baita designer!)
- Designer das telas de créditos e criador das animações vetoriais.

Igor A
- Assistente Geral.

Rafael Batella
- Trilha sonora.
nota: ele fez em poucas horas a trilha, comigo no cangote o tempo todo dizendo coisas do tipo "por volta do segundo 25 a trilha aumenta...", "tem que ter um ar de sonho", etc...não sei como ele me aguentou naquele dia...

Colaboradores (todos super úteis e que vestiram a camisa do trabalho com afinco sem receber nenhum doce sequer):
Sergio Farias
- Consulta e execução das maquetes, transporte.

Simone Garcia
- Dublagem.

Julio Dojcsar
- Colaborou com a direção de fotografia e ajudou na função de "santo homem" também.

Fernanda Bellicieri
- Hoje uma grande amiga. Na época era estagiária de professora e a segurou por um bom tempo, nos dando assim minutos e paciência preciosos para entregar o trabalho. eheheheh...coisas de faculdade que, sabemos, acontece no mundo "real" dos trabalho "reais" também.
Bendito seja o network.


Abaixo algumas das fotos tiradas para criação da animação (duas delas não usadas):

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Aviso aos navegantes...

Como os mais atentos e, claro, frequentes visitantes, devem ter notado, já faz um tempo que o blog ficou meio, digamos, abandonado.

Mas é só um período no melhor estilo "estamos em reforma para melhor atendê-lo. Desculpe-nos pelo transtorno". ;)

Este blogueiro que vos escreve está entretido, entre outras coisas, de um projeto para o site oficial da marca nEURaLL que, por sua vez, terá ligação direta com esse blog. A matriz será o site e, portanto, ele está recebendo mais atenção no momento. Junte-se a isso, o final de ano que é, naturalmente, mais "morno", e daí, explica-se essa sumida.

Dentro de pouco tempo, novas postagens, site novinho em folha e maior diversidade de trabalhos! Uhuuuu!!

Aos visitantes, sejam amigos próximos ou ilustres desconhecidos, obrigado pela paciência e pelas visitas.

Até logo...será um "logo" com novidades! :D